Eu preciso dizer que, após a balcanização do streaming de vídeo, nós estamos vivendo uma nova era de ouro nas produções de Hollywood (e os outros woods mundo a fora).

Tá certo que muitas eras atrás, quando a Internet ainda era movida a barro fofo e pedra lascada, surgiu a Netflix, que tinha como premissa ser uma locadora online E física. Você podia assistir um Poderoso Chefão no conforto do seu escritório de CEO em seu computador de forma online, ou pedir pra Netflix te enviar, via motoboy(!), um DVD (ainda não tinha Blu-ray) direto pra sua casa. E você devolvia quando quisesse.
Pra nossa alegria, a Netflix cresceu, tornou-se um sucesso esmagador, e todas as grandes produtoras viram que era uma maneira muito inteligente de ter retorno financeiro pacífico e constante. Mas elas também perceberam que seria muito melhor se esse retorno financeiro fosse maior E direto pros seus bolsos, sem um intermédio atrapalhando.

Pra testar a ideia, elas começaram a usar suas várias subsidiárias espelhadas pelo mundo, muitas dessas, emissoras de TV. Aí surgiu streaming de vídeo da ABC (Disney), NBC (Comcast), FUNimation+ (antigamente apenas uma licenciadora e distribuidora de animes, posteriormente comprada pela Sony) várias produtoras pequenas como a Lionsgate com o StarzPlay também participaram da festa, e quando todas elas perceberam que daria certo, começaram a pensar grande.
Hoje temos pelo menos 5 grandes streamings de vídeo poderosos e/ou principais (sem contar as centenas de milhares menos relevantes): HBO Max (Warner, DC e agora também Discovery), Disney+ e Star+ (Disney, Star Wars, Marvel e antiga Fox), Paramount+ (Nickelodeon e Star Trek), Amazon Prime Video (sim, Amazon também é uma das principais) e a própria Netflix (que está mal das pernas).
Veja que passamos de uma bênção para uma maldição. Só que, no final, essa maldição se transformou numa bênção de novo. “E por quê?”, você deve ter se perguntado. Porque no desespero de justificar o porquê de sua grama ser mais verde, os conglomerados de mídia precisam ter conteúdos pra isso. E nada melhor para isso do que dar continuidade a várias produções que foram encerradas por serem caras demais ou por terem pouca audiência para a TV e/ou Cinema.
Só nessa brincadeira, temos confirmados os retornos de Fururama, Criminal Minds(!!!), Law and Order com o Christopher Meloni, vários animes ou desenhos se tornando live actions (não que eu vá assistir, acho que existem produtos que não funcionam em outras mídias), teremos Abracadabra 2, tivemos series maravilhosas de gibis como WandaVision, Loki, Star Trek ganhou várias séries em diferentes formatos ótimas, a Crunchyroll, Netflix e Amazon também estão produzindo vários animes de mangás que jamais teriam chance na TV… o céu é o limite. Quem sabe Bones pode voltar, né? 🤔 👀
Percebem, caros leitores? Estamos numa nova era de ouro do entretenimento, para vários gostos. Só escolher e mandar ver. Eu sei que por mais que seja uma merda você ter 10 bilhões de streamings, no final, não é o fim do mundo. Sempre é possível usar a randomização: assina um num mês, outro no outro e assim por diante. Além disso, você pode assinar mais de um streaming de vídeo de uma vez através de bundles, como assinar o nível 6 do Mercado Livre, e levar Disney e Star na faixa, e esse é só um exemplo. GloboPlay oferece AppleTV+, Telecine ou Prime Video. Sua operadora de telefonia também deve ter um ou mais desses serviços direto na conta, e por aí vai.
Você nem vai ter tempo de assistir tudo mesmo. Mas ao menos não vamos poder reclamar que não tem nada pra ver. 😉